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PM à paisana agride filha e mulheres em Pirangi no Carnaval; corporação reage

PM à paisana agride filha e mulheres em Pirangi no Carnaval; corporação reage - Foto: Reprodução
PM à paisana agride filha e mulheres em Pirangi no Carnaval; corporação reage - Foto: Reprodução

Durante a madrugada de terça-feira 13 de Carnaval, uma cena marcou a festa dos foliões na praia de Pirangi, em Parnamirim. Um policial militar à paisana protagonizou uma briga que resultou em agressões físicas, conforme relatado pela PM em comunicado divulgado nesta quarta-feira 14. Ele foi identificado como pai de uma das vítimas.

A corporação classificou o incidente como “grave” e garantiu que todos os envolvidos foram encaminhados à delegacia para os procedimentos legais.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível observar o momento de tensão em que um homem de cabelos grisalhos, trajando camisa preta, se envolve em uma discussão acalorada e, em seguida, agride a própria filha. Outras mulheres presentes tentam intervir, mas acabam também alvo das agressões por parte do indivíduo.

De acordo com o relato da influenciadora e educadora física Leila Maia, que estava presente no local, a vítima foi agredida durante a passagem de um bloco carnavalesco. Ao presenciar a cena de violência, Leila tentou intervir, mas acabou sendo agredida pelo agressor.

As imagens registradas mostram que além da filha e da influenciadora, outras pessoas também foram alvo das agressões do policial. Em determinado momento, o agressor chegou a cair após receber um soco, porém, logo em seguida, fez menção de sacar uma arma.

Em nota oficial, a Polícia Militar confirmou a identidade do agressor como um membro da corporação e afirmou que todas as medidas cabíveis foram adotadas, incluindo a condução de todos os envolvidos à delegacia. A instituição reiterou a reprovação do ato e garantiu que o caso será devidamente investigado e punido conforme a lei.

“Pessoas acham que têm direito de julgar”, afirma influenciadora

Mesmo em uma situação adversa, a influenciadora Leila Maia foi tomada pelo “desejo de proteger” a mulher vítima das agressões na noite de Carnaval e, segundo ela, precisou intervir. “Eu me aproximei para tentar conter a situação e acabei sendo agredida. Ele estava armado e chegou a sacar a arma, ameaçando minha amiga. Mesmo sendo pai, ele não tinha o direito de humilhá-la e agredi-la dessa maneira diante de todos”, lamentou Leila.

Ela detalhou os momentos de perigo. “Fomos ver o bloco de Ricardo Chaves passar. Ficamos observando uma discussão entre um homem e uma mulher, quando eu vi ele agrediu ela, sai correndo, nesse caso foi um pai com uma filha de 30 anos, mesmo assim não tinha direito. Fui tentar conter a situação, e acabei sendo agredida por ele, foi terrível porque ele estava armado, ameaçou a minha amiga, mas fomos para na delegacia e as medidas serão tomadas”, relembrou.

Para Leila, “foi meu instinto de mulher violentada”. Porém, a influenciadora diz entender o motivo pelo qual as mulheres costumam não denunciar situações como essa. “A sociedade infelizmente, com as redes sociais, as pessoas acham que têm o direito de julgar sem entender o contexto da história”.

“Quando ele me empurrou poderia ter acontecido uma tragédia porque eu não sabia que ele era policial”, lamentou a educadora física, que defende auxílio para a filha dele, vítima da agressão na situação.

Leia na íntegra a nota divulgada pela PMRN:

“A Polícia Militar esclarece que classifica como grave a ocorrência da madrugada desta terça-feira (13), na praia de Pirangi, durante os festejos carnavalescos, onde um policial militar à paisana agride uma mulher identificada como sua filha, iniciando uma briga com outras pessoas que presenciaram o fato, momento em que outro policial militar à paisana interveio na tentativa de conter a situação, gerando uma briga, sendo necessária a pronta intervenção por parte da Polícia Militar e a condução dos envolvidos à delegacia de plantão.

A atitude viola frontalmente os valores fundamentais da Instituição, especialmente a disciplina, a honra e a dignidade humana, exigindo assim a abertura de procedimento administrativo.

A PMRN reafirma que não compactua com esse tipo de conduta por parte de seus integrantes”.

AgoraRN

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